Entenda o que é e como funciona a fundação na construção civil, assim como os principais tipos e sua importância.
Quando falamos em construção civil, um dos fatores mais importantes para garantir a segurança é a fundação. Ela precisa ser forte o suficiente para suportar o peso da edificação, seja uma casa ou um prédio.
Mas, o que muitas pessoas nem imaginam é que o tipo de fundação escolhido para uma construção específica vai depender de alguns fatores, como a localização, clima, condições de solo e umidade e, claro, o orçamento disponível para o projeto.
Para entendermos melhor o papel da fundação na construção civil e como fazer a melhor escolha entre os variados tipos, continue a leitura!
Também conhecida como alicerce, a fundação é a estrutura responsável por suportar o peso e manter a construção nivelada no terreno, além de garantir a sua fixação no solo.
Seus elementos são pensados para receber a carga da edificação, bem como as condições climáticas do ambiente - uma função que abrange resistir aos movimentos do solo e do vento, além da umidade causada por pressão da água e solo lateral.
Diante da importância da fundação para a segurança da obra, sua escolha deve ser feita por um engenheiro capacitado para a função. Isso porque a escolha errada de uma função pode acarretar em graves problemas para a estrutura da edificação, o que é um enorme risco para as pessoas que irão viver e/ou trabalhar no local e arredores.
As fundações são classificadas em diretas e indiretas, que se diferem em um ponto principal: a forma como o peso sobre a estrutura onde se apoia é transferida para o solo.
1) Direta: quando a carga estrutural atinge diretamente o solo. Nela, o centro de gravidade da fundação coincide também com o do elemento transmissor da carga. Com menos de 3 metros de profundidade, esse tipo de fundação também é chamada de superficial.
2) Indireta: quando a carga é transmitida para o terreno pela base, sua lateral ou uma combinação de ambas. A profundidade do assentamento é superior ao dobro da sua menor dimensão em planta. Profundas e utilizadas em grandes construções, as fundações indiretas possuem mais de 6 metros de profundidade, normalmente.
Agora, vamos conhecer os tipos de fundação dentro de cada uma dessas classificações.
A fundação direta pode ser dividida em: sapata, viga baldrame e radier.
Sapata
Elemento de fundação que tem a sua base em planta quadrada, retangular ou trapezoidal. São dimensionadas para que a tensão de tração que atua sobre a fundação resista na armadura e não no concreto.
É um tipo de fundação direta recomendada normalmente para solos com boa capacidade de carga superficial e com capacidade para absorver as tensões geradas pela edificação sem demandar uma área grande de contato com o solo.
A sapata é subdividida em:
Viga Baldrame
A Viga Baldrame é uma fundação de apoio. Rasa, feita de concreto armado e formato retangular, ela fica abaixo do nível do solo e percorre todo o comprimento das paredes da edificação.
Sua função é conectar sapatas isoladas para distribuir melhor o peso da construção. Outro ponto importante é contribuir para um melhor travamento das colunas ou pilares. Apesar de ser uma fundação superficial, ela pode ser usada como único apoio em casas pequenas com solo firme.
Radier
O radier remete a uma placa ou laje que abrange toda a área da construção. É feito de concreto armado ou protendido, sendo fixado abaixo da casa e em contato com o solo para receber a carga oriunda dos pilares e paredes.
Recomendado para solos com pouca capacidade de suporte superficial, o radier é um tipo econômico de fundação até pela sua capacidade de distribuir as tensões da edificação de maneira eficaz.
Blocos
Esse tipo de fundação consiste em blocos de concreto sem armadura, com base quadrada ou retangular. Funcionam da mesma forma que as sapatas: a área de contato com o solo é responsável por absorver o impacto da carga da edificação. Os blocos são bastante utilizados em obras de pequeno e médio porte.
Agora chegou o momento de conhecer as características das fundações indiretas, que são subdivididas em caixões, estacas e tubulões.
Caixões
Em formato de prisma, os caixões são concretados na superfície do terreno. A instalação é feita através de escavação interna, com a utilização ou não de ar comprimido. Atualmente, é o tipo de fundação mais utilizado nas obras executadas no Brasil pela sua indicação para a construção de grandes obras e prédios.
Estacas
Indicada para solos com pouca resistência, a fundação com estacas é caracterizada pelo grande comprimento e seções transversais pequenas, podendo ser cravadas ou perfuradas a fim de procurar uma base firme em solos instáveis.
As estacas podem ser de concreto pré-moldadas, metálicas (atingem maior profundidade) e do tipo franki (moldada no próprio local de execução).
Tubulões
De forma prismática, os tubulões são elementos de fundação profunda, concretados na superfície e instalados por escavação interna. Têm formato cilíndrico e precisam da descida de um operário para a execução em sua base, uma instalação perigosa e que exige alta capacitação.
Conforme já apontamos no início do texto, o tipo de fundação deve ser escolhido a partir de critérios técnicos por um engenheiro, que vai considerar questões como:
O cliente também terá um papel nessa escolha, já que o tipo de fundação impacta no orçamento da construção. Mas, o principal critério deve ser a garantia de uma fundação sólida e de alta durabilidade, que possa suportar o peso da edificação pretendida.
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