A água é um recurso fundamental para as empresas. No Dia Mundial da Água, saiba como o ESG pode ajudar a reduzir o consumo.
Os últimos anos marcaram mudanças significativas na sociedade, que envolvem principalmente o olhar mais atento e cuidadoso para o meio ambiente.
Essa preocupação também faz parte das empresas, que estão voltando a sua atuação para além do crescimento e sucesso do negócio.
É por esse motivo que novas estratégias de crescimento, menos nocivas com a natureza, estão em alta nas organizações, bem como a adoção de práticas sustentáveis.
Questões sobre justiça social e governança também entram na lista de prioridades.
É neste contexto que o ESG se fortalece, como uma forma de medir e avaliar a sustentabilidade e responsabilidade das empresas em relação a essas questões.
Neste artigo vamos falar mais sobre o tema e as vantagens da sua aplicação nas empresas.
A sigla ESG, que tem origem do inglês, significa a abreviação dos termos Environmental, Social e Governance, que se traduzem para o português como: ambiental, social e governança.
Essas três palavras em conjunto simbolizam a materialização da noção de sustentabilidade, que foca a responsabilidade da sociedade civil e das empresas em relação às suas ações, visando o desenvolvimento sustentável.
A sigla apareceu pela primeira vez há quase vinte anos, no ano de 2005, no relatório "Who Cares Wins" da The Global Compact.
Na ocasião, a Organização das Nações Unidas (ONU) convocou 20 instituições financeiras, incluindo brasileiras, para criar recomendações sobre como incluir questões de ESG em serviços de corretagem, gestão de ativos e pesquisas relacionadas.
A adoção de princípios ESG se popularizou desde então principalmente por ser uma forma efetiva de investir no futuro, com retornos financeiros a longo prazo, enquanto se cuida do meio ambiente e se promove justiça social.
Os pilares do ESG contemplam as suas siglas: ambiental, social e governança.
O pilar sobre meio ambiente, o “E” de Environment da sigla, orienta como as organizações refletem sobre os seus impactos ambientais e as formas que podem auxiliar no combate ao aquecimento global, redução da emissão de carbono e da poluição da água.
O pilar social, o “S”, demonstra como a empresa se comporta com responsabilidade social.
Essa responsabilidade social pode ser definida a partir de como a empresa investe em ações para a comunidade, por exemplo.
O último pilar de Governança, representado pela letra "G", está ligado às políticas de administração da empresa.
É neste pilar que a conformidade legal, transparência e ações anticorrupção serão priorizadas.
A demanda pela sustentabilidade não parte apenas das empresas que estão incorporando esses princípios em seus processos.
Os consumidores também estão mais conscientes e exigentes quanto ao tema e sua relevância.
As marcas que incorporam as práticas de ESG nas suas rotinas e gestão podem fidelizar ainda mais clientes e, além disso, podem atrair investidores e outras parcerias que compartilham os mesmos cuidados com o futuro das próximas gerações.
As práticas de ESG podem também promover a redução de custos.
Isso acontece porque as iniciativas voltadas para reduzir as emissões de carbono influenciam na economia de energia e maior eficiência dos processos, o que pode reduzir custos operacionais.
Discutir sobre ESG e sustentabilidade inclui diretamente repensar as maneiras que a água é utilizada em processos industriais e de empresas.
Centenas de litros de água são utilizados por dia e esse consumo desenfreado pode afetar a quantidade de água potável disponível para as gerações futuras.
É por isso que novos processos de reutilização da água podem ser implementados, tanto para contribuir para o meio ambiente quanto para diminuir os gastos de consumo de água.
A data do dia 22 de março, que é o Dia Mundial da Água, é um convite para estimular o uso sustentável dos recursos hídricos.
Foi a ONU quem criou oficialmente a celebração da data, por meio da resolução A/RES/47/193, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do uso consciente da água.
Em 1992, nesta mesma data, a ONU apresentou a Declaração Universal dos Direitos da Água, que contém 10 artigos que trazem a necessidade de gerenciar a água de forma equilibrada entre a proteção dos recursos naturais e as demandas das indústrias, empresas sanitárias e sociais.
A água também é um bem comum da humanidade e é responsabilidade de todos conservá-la.
Existem diversas formas de repensar o consumo de água aliando esse objetivo com as práticas de ESG.
Realizar vistorias na estrutura física da empresa, especialmente em torneiras, pode indicar problemas hidráulicos que causam o desperdício.
É essencial mapear também o consumo de água na empresa e verificar em quais processos ela está sendo utilizada em maior quantidade.
Esse mapeamento detalhado vai permitir ainda a criação de um planejamento de redução de consumo efetivo.
Com pequenas atitudes, você e sua empresa podem colaborar com um meio ambiente mais saudável.